O Filtro de Linguagem da Revelação Divina

No discurso filosófico e teológico moderno, pode-se observar uma tendência interessante para repensar o conceito de onisciência. Em vez da compreensão tradicional de Deus como possuidor de conhecimento ilimitado, a ênfase está no fato de que Sua essência se manifesta por meio de certos contextos culturais e linguísticos. Essa abordagem afirma que a revelação divina ocorre por meio da linguagem escolhida, que se torna um canal único para a transmissão de Sua vontade e essência.

Com base nessa visão, parece que o conhecimento de Deus não é abrangente em si mesmo, mas depende da linguagem em que Ele escolhe se revelar às pessoas. Se a revelação é dada, por exemplo, em árabe, então é por meio desse filtro linguístico-cultural que se forma a compreensão da onisciência. Tal método permite que a tradição afirme que o conhecimento limitado de uma língua em particular não diminui o poder de Deus, mas enfatiza o propósito e a versatilidade de Sua revelação.

Essa ideia é baseada na ideia de que os nomes e termos através dos quais Deus aparece na revelação desempenham um papel decisivo na formação da consciência religiosa. Isso demonstra como a essência divina aparece de uma maneira compreensível para uma comunidade em particular, enfatizando características culturais e linguísticas. Tal abordagem não apenas aprofunda a compreensão teológica, mas também nos permite ver a conexão entre a experiência divina e humana, onde cada revelação assumiria sua própria coloração única, dependendo do meio de expressão escolhido.

Em suma, a ideia de que o conhecimento de Deus coincide com a linguagem de Sua revelação não nega Sua onisciência, mas enfatiza uma forma particular de manifestação dirigida a uma comunidade cultural particular. Essa visão não apenas permite a preservação do dinamismo e da relevância das crenças tradicionais, mas também estimula uma reflexão mais aprofundada sobre como as verdades universais podem assumir diferentes formas, dependendo dos contextos históricos e culturais.

Por que algumas pessoas imaginam que Deus pode não conhecer a língua russa, mas se limitar apenas ao árabe, e o que isso diz sobre a compreensão da onisciência nessa tradição?

Alguns nesta tradição entendem a onisciência de Deus não como um conhecimento automático e ilimitado de tudo, mas como a descoberta de Sua essência por meio de um contexto cultural e linguístico específico. Assim, a noção de que Deus pode ser "limitado" apenas pelo conhecimento do árabe reflete a ideia de que a revelação divina ocorre por meio de uma linguagem específica escolhida para transmitir Sua vontade e essência. Daí surge a ideia de que o conhecimento de Deus coincide com a língua em que Ele se declara às pessoas, o que significa que, se a revelação é dada em árabe, então o conceito de onisciência é percebido através desse filtro linguístico-cultural.

Tal entendimento é bem ilustrado em uma das fontes, que diz:
"Assim, o Criador diz a Moisés: "Eu apareci a Abraão, Isaque e Jacó com o nome: "Deus Todo-Poderoso" (El - Shadai. - IE); mas com o meu nome "Senhor" (Yahweh. - IE) não lhes foi revelado" (Êxodo 6:3) (fonte: link txt).

Esta citação indica que a manifestação da essência divina e o conhecimento de Deus são transmitidos através de nomes e termos compreendidos por uma tradição particular. Se, em algum contexto, é admitido que Deus "sabe" apenas o árabe, isso implica que o conceito de onisciência é interpretado através das lentes da revelação de Deus através de uma determinada linguagem. Assim, a limitação do conhecimento de uma língua (por exemplo, russo) não é vista como falta de onisciência, mas sim como uma característica da maneira como Deus se revela seletivamente às pessoas dentro de certas tradições culturais e linguísticas.

Citação(ões) de apoio:
"Assim, o Criador diz a Moisés: "Eu apareci a Abraão, Isaque e Jacó com o nome: "Deus Todo-Poderoso" (El - Shadai. - IE); e com o meu nome "Senhor" (Yahweh - IE) não lhes foi revelado" (fonte: link txt)

"A palavra "Elohim" também estava em circulação entre os pagãos, pois é também o nome do Todo-Poderoso, como o Criador e Senhor de toda a terra..." (fonte: link txt)

Esses trechos da fonte demonstram como nessa tradição a ênfase é colocada na maneira como Deus é revelado por meio de formas linguísticas específicas, o que explica essa ideia de seu conhecimento "limitado" das línguas.

O Filtro de Linguagem da Revelação Divina

Por que algumas pessoas imaginam que Deus pode não conhecer a língua russa, mas se limitar apenas ao árabe, e o que isso diz sobre a compreensão da onisciência nessa tradição?

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