- 15.06.2025
Sinfonia do Kairos e da Estratégia
Noam inclinou-se para seu painel, como se as telas cintilantes fossem interlocutores confiáveis. No zumbido baixo do centro operacional, ele sentia o peso de cada passo estratégico. “Estamos presos em um ciclo infinito”, murmurou enquanto percorria com os olhos os fluxos recentes de dados. Ao seu redor, analistas digitavam algo nos teclados e observavam, cada ação entrelaçada em um elaborado mosaico de decisões cautelosas, porém urgentes. No ar pairavam paradoxos: cada linha de defesa desencadeava novos riscos. Nesses momentos, Noam lembrava do “kairos” — o antigo conceito grego de uma chance decisiva e efêmera. Para aproveitá-lo, era necessário um ciclo rápido: passo 1 — coletar informações operacionais; passo 2 — negociar sem delongas; passo 3 — agir em movimento. Um jovem analista brincou que talvez fosse necessário adicionar o passo 4: “Perguntar às telas se elas não se sairiam melhor nas negociações do que nós.”